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Você sabia que o chamado Transtorno dos Jogos Eletrônicos (Gaming Disorder) é uma doença reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS)? Essa doença é caracterizada pelo fato de a pessoa não conseguir controlar o uso dos jogos eletrônicos. Na prática, o jogador prefere com frequência o jogo em detrimento de outras atividades. A fim de esclarecer esse tópico e, também, apresentar mais argumentos para redação, nesse artigo a temática será abordada de acordo com o sumário apresentado a seguir.¹

Confira neste artigo: hide

1 O que é o Transtorno dos Jogos Eletrônicos (gaming disorder)?

2 Aspectos biológicos do vício em jogos

3 Afinal, precisa mesmo ser uma doença?

3.1 Pais que não sabem lidar com Jogos

3.2 Proibição dos Jogos

3.3 Depressão e o vício em games

4 Citações para redação

4.1 Fontes e referências

O que é o Transtorno dos Jogos Eletrônicos (gaming disorder)?

Muito possivelmente, caso você seja uma pessoa que goste de jogos eletrônicos – assim como eu, confesso -, a dúvida que surge não é muito diferente desta: “Mas então, todo mundo que gosta de jogos é viciado(a)?”. Nesse sentido a resposta é categórica: não. Porém, isso não quer dizer que não seja necessário cuidar.

De acordo com a OMS:

O transtorno dos jogos eletrônicos (tradução livre de gaming disorder) é definido […] como um padrão comportamental que prejudica a capacidade de controlar a prática de jogos eletrônicos, de modo a priorizá-los em detrimento de outras atividades – ao ponto que o jogo se torna mais importante que outros interesses e atividades diárias.
Também é caracterizado pela continuidade ou intensificação do ato de jogar, mesmo com a ocorrência de consequências negativas.
Definição da OMS em tradução livre pelo Ministério da Saúde.²

Porém, o diagnóstico da doença não é algo que acontece da noite para o dia. Para ser caracterizado como “Transtorno de Jogos Eletrônicos” é preciso necessário que o comportamento siga os seguintes padrões:

Seja observado por, pelo menos, um ano.
Possuir gravidade suficiente para resultar em um comprometimento significativo nas áreas de funcionamento pessoal, familiar, social, educacional, profissional ou outras áreas.³

Aspectos biológicos do vício em jogos

A partir de uma análise biológica é possível entender de que forma os jogos eletrônicos puderam ser classificados como um vício. Aliás, a sensação que os jogos podem causar no jogador são bastante similares as causadas por qualquer outro vício.

Na prática, o sentimento de benefício que o jogo proporciona é causado pela dopamina, uma substância presente em nosso cérebro responsável pelas sensações de prazer. Porém, essa substância ela é motivada por recompensa. Na prática, o vício funcionaria mais ou menos assim:

Imagine um usuário jogando o clássico “Super Mário”. Cada vez que o usuário pega um cogumelo, uma estrela ou passa de fase ele tem a sensação de prazer. O cérebro libera a dopamina.
A partir do momento em que o jogador teve essa sensação de prazer ele quer mais. Continua jogando e mais dopamina vai sendo liberada.
Para a maioria das pessoas, em algum momento, apesar de todas as descargas de dopamina, não é tão difícil desligar o Super Mário e voltar para a vida normal. Porém, para a pessoa que está viciada nessas sensações ela vai passar a buscar, cada vez mais, situações que liberem mais dopamina. Dessa forma, o jogador continuará sua saga de forma intensa e sem conseguir parar.⁴

Afinal, precisa mesmo ser uma doença?

Os malefícios ocasionados pelo vício em jogos eletrônicos não devem ser ignorados. Se por um lado os games se popularizaram a ponto de ser, inclusive, profissão para muitos jogadores, por outro, em países como China e Coreia do Sul já existem até clínicas para tratar as pessoas que são viciadas nos jogos eletrônicos. Mas, afinal, faz sentido mesmo o vício em jogos eletrônicos ser caracterizado como doença?

Muito importante ressaltar, nesse sentido, o fato de que existem diversos argumentos que levantam alguns pontos contrários ao fato de tratar jogos como doença. Alguns deles são os expostos a seguir.

Pais que não sabem lidar com Jogos

Muitos pais, ao não terem conhecimento sobre jogos acabam, com certa facilidade, julgando os filhos como viciados pelo fato de eles passarem horas jogando. Entretanto, de acordo com a classificação da OMS, esse não é o critério.

Desse modo, especialistas acreditam que o fato de haver uma doença em torno disso irá potencializar situações como a descrita anteriormente. Além disso, isso poderá ajudar a aumentar os estereótipos que existem acerca da comunidade que gosta dos games.

Proibição dos Jogos

Outro argumento que preocupa a comunidade é a proibição de jogos. Afinal, se um jogo for considerado como “viciante” ele poderá ser proibido? De acordo com esse argumento, o medo é que possa haver abusos por parte de juízes ou outros membros que tenham algum interesse específico na proibição de determinado jogo.

Válido ressaltar, nesse sentido, que alguns jogos já chegaram a ter suas vendas proibidas temporariamente no Brasil devido ao fato de serem muito violentos.

Depressão e o vício em games

Um outro ponto de alerta pelos especialistas é o fato de o que é mascarado com um vício em jogos eletrônicos. Por exemplo, grande parte dos viciado em vídeo games possui depressão. Nesse sentido, o jogo é apenas uma espécie de “fuga”, como no caso da pessoa que possui alcoolismo e acaba descontando na bebida.

Nesse caso, claro que o problema não deve deixar de receber atenção. Entretanto, é importante que os diagnósticos sejam claros para que o real problema seja tratado. ⁵

Esses são apenas alguns dos contrapontos com relação à temática. Claro que, o nosso objetivo não é levantar nenhuma bandeira. Entretanto, fato é que muitas pessoas são viciadas em jogos eletrônicos e isso deve ser olhado com cuidado. Porém, o melhor método e o que é, ou não, certo acerca disso, provavelmente só iremos aprender com o tempo.

E você? O que acha sobre a temática? Conte para nós nos comentários e nos ajude a construir narrativas ainda mais ricas sobre isso.

Citações para redação

Uma boa ideia é algo que não resolve apenas um problema, mas também vários outros ao mesmo tempo.
Shigeru Miyamoto, famoso produtor e designer de jogos da Nintendo | Frase original: “A good idea is something that does not solve just one single problem, but rather can solve multiple problems at once”. ⁶

Os jogos lubrificam o corpo e a mente.
Benjamin Franklin, Ex-embaixador dos Estados Unidos na França | Frase original: “Games lubricate the body and the mind..”⁷

Proposta de redação: Vício em Jogos Eletrônicos