A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Formas de reduzir os impactos negativos das redes sociais na saúde mental dos brasileiros”, apresentando proposta de intervenção. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
ONG desafia britânicos a ficar 30 dias sem redes sociais
24 set 2019 | Fonte: Hypeness
O que estaríamos fazendo com nosso tempo livre se as redes sociais não existissem? Pode parecer uma pergunta banal, mas a verdade é que hoje em dia ocupamos praticamente todos os hiatos de nossas vidas vidrando os olhos na direção de um smartphone ou um computador, olhando a vídeos, fotos ou postagens diariamente. Essa pergunta foi transformada em uma proposta pela Royal Society for Public Health, ONG britânica de saúde que, para o mês de setembro, desafiou as pessoas a combaterem esse verdadeiro vício e ficarem 30 dias sem acessar redes sociais.
A iniciativa visa oferecer “uma oportunidade única de tirar um descanso dos perfis nas redes sociais” para atentar ao impacto negativo que o uso excessivo das redes pode provocar em nossa saúde mental. Segundo estudos, o aumento da ansiedade, depressão, os casos de cyberbullying, insônia e os mais variados problemas de autoestima estão diretamente ligados ao vício em redes sociais contemporâneo. “Ao passar um mês sem ‘rolar a tela’, você vai ter a chance de releftir sobre o seu uso das redes sociais – o que você perdeu, o que você ganhou, e o que você pode fazer para aproveitar o tempo em vez de usar as redes”, diz o site da campanha.
Intitulada “Scroll Free Septemper”, a campanha sugere níveis diferentes de adesão: você pode ser uma “Social Butterfly” (“Borboleta social”, em tradução livre), deixando de postar durante eventos sociais e reuniões em geral, “Night Owl” (“Coruja noturna”), que não utiliza as redes depois das 18hs, ou uma “Busy Bee” (“Abelha ocupada”), que consiste em não acessar as redes nas horas de trabalho ou estudo – e uma última opção seria jamais usar o celular na cama. […]
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Redes sociais podem afetar o bem-estar e a saúde mental
20.set.2019 | Fonte: Olhar Digital • Roseli Andrion
O ciberbullying está nas plataformas e pode levar ao sofrimento psicológico e ao isolamento. Por isso, é preciso estar atento a sinais de depressão e ansiedade. Parece um ambiente seguro. Afinal, fica dentro de casa, onde pais e familiares podem se manter alertas sobre qualquer movimentação. Só que muitas vezes é um vale sombrio repleto de solidão. Uma solidão acompanhada de muito ciberbullying.
Este é o cenário da internet hoje para muitos. Em julho, houve um caso muito simbólico: a blogueira Alinne Araújo, que falava justamente sobre sua própria depressão nas redes, cometeu suicídio um dia após casar-se consigo mesma — ela decidiu seguir com o casamento mesmo depois da desistência do noivo, um dia antes da cerimônia.
Todos achavam que ela estava bem: os mais próximos interpretaram a atitude como um sinal de que ela havia superado a situação, mas os seguidores não perdoaram e o ciberbullying deu o tom no perfil de Alinne durante horas. Muitos diziam que a blogueira estava agindo daquela forma (casando-se consigo mesma) apenas para chamar a atenção. Ela, então, sucumbiu.
Crianças, adolescentes ou adultos, ninguém está livre de ter sua saúde mental abalada. Nas redes sociais, isso pode ser ainda mais perigoso: o contato com os haters pode levar ao sofrimento psicológico. Um estudo da Royal Society for Public Health, conduzido em 2017, aponta o Instagram como a pior plataforma para a saúde mental dos usuários — recentemente, a rede foi a primeira a ocultar as curtidas nas publicações, como forma de preservar os usuários.