O coronavírus pode aparecer nos vestibulares?

O ano é 2020 e ao ligar a televisão, grande parte dos noticiários estarão informando sobre a atual situação do Brasil e do mundo no que diz respeito ao coronavírus. Apesar da preocupação com o cenário atual, várias outras dúvidas norteiam a vida do vestibulando nesse período incerto e a pergunta que não quer calar: o covid-19 pode aparecer nos vestibulares e no ENEM? A resposta é…. S I M. Ele pode aparecer de incontáveis formas nas questões. Vamos descobrir como?

É vírus ou bactéria?

Em qualquer uma das provas, o texto base pode abordar várias características e, até mesmo, discorrer sobre o covid-19 e pedir que o aluno defina se é vírus ou bactéria, principalmente no que diz respeito às principais propriedades. Vamos definir algumas.

  • Bactéria: bactérias são considerados organismos vivos unicelulares. São procariontes: o núcleo não está envolto por uma membrana plasmática, são desprovidos de organelas celulares (com exceção dos ribossomos) e apresentam DNA disperso no núcleo. São combatidos com a utilização de antibióticos e possuem metabolismo próprio com reprodução por fissão binária (reprodução assexuada que consiste na divisão, por mitose, de uma célula que irá gerar duas e ambas terão o mesmo material genético). No caso das bactérias, nem sempre são prejudiciais e algumas coabitam o corpo humano (como os lactobacilos) sem nenhum malefício ao homem.
  • Vírus: vírus são organismos considerados não vivos. Acelulares, seu tamanho é menor do que 0,2 micrômeros e são combatidos com antivirais. São considerados parasitas intracelulares obrigatórios e, devido a isso, não conseguem sobreviver por muito tempo fora de uma célula hospedeira. Sua reprodução ocorre por replicação e apresentam material genético (podendo ser RNA ou DNA).

O coronavírus

Os casos iniciais de Covid-19, ou coronavírus, foram identificados na China e, posteriormente, se alastraram pelos demais territórios até ser declarado (em março de 2020) como pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Causada pelo vírus SARSCoV2 (uma das variedades da família dos coronavírus), a covid-19 é uma doença respiratória ainda com proporções desconhecidas já que ainda está em curso e não se tem casos preexistentes para comparação científica. Transmitida por gotículas de aerossóis (gotículas de salivas) que podem ser propagadas antes mesmo do indivíduo apresentar sintomas, a patologia ainda não possui um tratamento específico.

Sintomatologia

Com infinitos pontos de interrogações, o coronavírus pode ser caracterizado por quadros que vão desde pessoas assintomáticas, até quadros avançados com sintomas de síndrome gripal leve (como febre baixa, tosse e leve dispneia) que podem rapidamente evoluir para pneumonia, insuficiência respiratória e óbito.

Os sintomas surgem entre o 2º e 14º dia após o contágio, apesar de que ainda existem vários estudos em curso para verificar se existe uma padronização viral.

Tratamento

Ainda não existe tratamento específico e/ou vacina. A medicação, no caso do covid-19, é realizada de acordo com o grau da sintomatologia: no caso de febre, a utilização dos antitérmicos é indicada; nos casos graves, ocorre a intervenção com suporte ventilatório e medicamentos em fase de testagem.


ATENÇÃO!!!!!!

Até o momento não existe nenhum tratamento comprovado para a doença e tudo o que está sendo levantado é com a finalidade de pesquisa e teste. Nenhum medicamento deve ser utilizado sem orientação e prescrição médica.

Prevenção

Por ser um vírus respiratório que se propaga muito facilmente, as principais maneiras de proteção incluem evitar aglomerações de pessoas (por isso é tão importante seguir as recomendações da OMS, do Ministério da Saúde e Ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta) e cumprir uma boa etiqueta respiratória: cobrir a boca e nariz ao tossir e espirrar; lavar e/ou higienizar constantemente as mãos; manter distanciamento social e, em caso de sintomas, buscar isolamento social; não compartilhar objetos pessoais como talheres, roupas de cama e toalhas.

Perante o atual cenário, as autoridades recomendam que o auxílio hospitalar seja buscado apenas na exacerbação dos sintomas, principalmente febre alta, tosse e falta de ar.