O Brasil possui números alarmantes quando se aborda a violência no território nacional. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), somente em 2018, houveram 57.956 homicídios no Brasil. Além disso, o homicídio foi a principal causa de mortes entre homens jovens. [1]
A fim de explicar o tema este artigo está dividido do seguinte modo:
- Definição e tipos de violência
- História da Violência no Brasil
- Violência e Ética
- Citações
Definição e Tipos de Violência
O termo violência, originário do latim, carrega em sua essência e definição de ato de violar outrem ou a si mesmo. Além disso, indica o fato de algo estar fora do estado natural, força, ímpeto e comportamentos deliberados que podem causar danos físicos (torturas, morte e ferimentos) ou psíquicos (humilhações, ameaças ou ofensas). Cabendo reiterar que as definições de violência variam de acordo com o tempo e o espaço. [2]
Nesse sentido, é importante ainda ressaltar a distinção apontada acima, a qual reforça que a violência não é apenas física. Mas pode, também, sem psicológica. Um exemplo bastante comum de violência psicológica é o bullying, amplamente conhecido por sua prática no meio escolar.
Com relação a tipos e exemplos de violência, infelizmente, há diversos. Alguns deles são:
- Abuso financeiro;
- Aliciamento sexual infantil;
- Bullying e Cyberbullying;
- Discriminação;
- Negligência e Abandono;
- Pornografia Infantil;
- Tortura;
- Trabalho Infantil;
- e outros. [3]
Violência histórica e cultural no Brasil
A violência no Brasil mistura-se com a própria história da nação. Desde a colonização, a consolidação do país foi marcada por eventos como a escravidão de índios e africanos, colonização mercantilista, coronelismo, oligarquias e outros. Além disso, desde 1950, não só o Brasil como diversos países no mundo passaram por uma urbanização acelerada, o que também intensificou crescimento de problemas sociais. [4]
Durante o períodos colonial (1540-1822) alguns dos modos mais comuns de violência eram o extermínio indígena, escravidão e subjugação da mulher. Todas essas formas de violência refletiram ainda no Império Brasileiro.
O período que seguiu o império, a República Velha (1889-1930), trouxe com ela o início da urbanização no país e o coronelismo. A ascendência de uma pessoa em detrimento de tantos outros no campo ocasionou em violência contra as populações do campo, desigualdade social e também perseguições políticas.
Nesse sentido, ao se falar sobre perseguições políticas é quase impossível não lembrar de golpes e também da Ditadura Militar brasileira (1964-1985), a qual foi marcada por violência extrema de modos diversos. [5]
O período que vivemos hoje tem também seus problemas. Sucessões de governos que não conseguiram criar leis efetivas, violência que é quase cultural, afinal, até mesmo o “Jeitinho Brasileiro” é muitas vezes associado à corrupção e roubos. A desigualdade se mantém e, infelizmente, até o momento, não temos perspectivas claras sobre quando isso irá melhorar.
Violência e Ética
Além de conceitos, usar definições divergentes de ética pode ser uma ótima maneira de abordar a problemática que se desenvolve no entorno na violência. Alguns filósofos podem ser citados nesse sentido.
Kant gostava de expor a chamada “ética formalista”, que, segundo a mesma, leis ditavam o que deveríamos ou não fazer e, se seguíssemos estritamente a lei, então seríamos éticos. Hegel, por sua vez, transmitiu maior maleabilidade ao conceito do anterior ao adicionar uma variável que teria a ver com o contexto. Ou seja, para julgar a ética era necessário analisar não apenas as leis mas também contextos.
Além deles diversos outros filósofos clássicos citaram o tema, passando por famosos como Aristóteles e Epicuro e até um dos grandes expoentes e, por que não, exemplos de sua própria ética: Sócrates. Para esse último quem define quais são as reais normas que devemos seguir somos nós mesmos a partir daqueles julgamentos que estão em nossa essência. Nós sabemos o que é certo e errado e, cabe a nós, ser éticos a partir disso. [6]
Citações
O terrível silêncio das pessoas boas.
Martin Luther King Jr., ativista político norte-americano | Frase original: “Appalling Silence of the Good People”
Verificado através do site Quote Investigator.
É importante não deixar de questionar. A curiosidade tem uma razão de existir.
Albert Einstein, físico alemão | Memórias do editor William Miller, citadas em edição da revista Life de 1955
Verificado através de Época Negócios.
Fontes
[1] IPEA | Atlas da Violência
[2] Conceitos e formas de violência
[3] MPPR | Tipos de violência
[4] Brasil Escola | Violência no Brasil, outro olhar
[5] Revisa Senso | A história da Violência no Brasil
[6] Limites entre ética e trabalho: temos limites?