A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Riscos decorrentes da cultura de automedicação no Brasil atual”, apresentando proposta de intervenção. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Automedicação é um hábito comum a 77% dos brasileiros
13 mai 2019 | Fonte: G1
Quase metade dos brasileiros se automedica pelo menos uma vez por mês e 25% o faz todo dia ou pelo menos uma vez por semana. Esses dados fazem parte de uma pesquisa feita pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF). De acordo com o estudo, a automedicação é um hábito comum a 77% dos brasileiros.
As mulheres são as que mais usam medicamentos por conta própria, pelo menos uma vez ao mês – 53%. Familiares, amigos e vizinhos são os principais influenciadores na escolha dos medicamentos usados sem prescrição (25%).
Os perigos da automedicação
A automedicação é quando há o uso de remédios sem a avaliação de um profissional de saúde. Quando usado de forma errada, o medicamento pode ter um efeito desastroso. […] As consequências do uso indiscriminado de medicamentos ocorrem a longo e médio prazo:
- Os analgésicos, por exemplo, não curam enxaqueca e podem até piorar.
- Antitérmicos podem mascarar algo mais grave, como uma infecção.
- Anti-inflamatórios podem sobrecarregar os rins.
- Uso de vitaminas só é indicado se a pessoa tiver uma carência específica e precisar de reposição.
- Antiácidos e remédios para dor de estômago podem encobrir algo mais sério, como úlceras e gastrites.
- Xarope pode mascarar uma pneumonia.
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Até 2025, 10 milhões de pessoas podem morrer por causa da automedicação
30 abr 2019 | Fonte: Ingrid Soares • Correio Braziliense
Tomar medicação sem prescrição médica pode matar até 10 milhões de pessoas por ano até 2050, em todo o mundo. O alerta sobre o uso excessivo de medicamentos e os consequentes casos de resistência antimicrobiana estão no relatório divulgado ontem por entidades ligadas à Organização das Nações Unidas (ONU). Além da saúde, o documento também mostra o prejuízo na economia. A estimativa é de que, até 2030, a resistência antimicrobiana leve cerca de 24 milhões de pessoas à extrema pobreza.
No Brasil, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) entre 40% e 60% das doenças infecciosas já são resistentes a medicamentos. Atualmente, pelo menos 700 mil pessoas morrem todos os anos devido a doenças resistentes a medicamentos, incluindo 230 mil por tuberculose multirresistente.
Uma outra pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) reforça a preocupação com o tema e constata que a automedicação é um hábito comum a 77% dos brasileiros que fizeram uso de medicamentos nos últimos seis meses. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, este índice é de 80% e no Nordeste, de 79%. No Sudeste e no Sul, os índices são de 77% e 71%, respectivamente. Também foi identificado que entre os medicamentos mais utilizados pelos brasileiros nos últimos seis meses estão analgésicos e antitérmicos (50%), antibióticos (42%) e relaxantes musculares (24%).
Moradora da Asa Sul, a técnica de enfermagem Lilian Mendes, de 38 anos, afirma que há quase um ano não procura um hospital. Quando sente dores, ela opta pelos remédios que tem à mão. “Utilizo antibiótico para a garganta e outros para dores musculares. Reconheço que não é correto e vou maneirar, porque prejudica a saúde e pode mascarar os sintomas”, diz. A diarista Dalila Neves, 53 anos, moradora de Planaltina, admite que não segue a dosagem e o tempo prescrito pelo médico. “Eu dificilmente sigo o tratamento inteiro. Sou contrária à medicação. Prefiro uma mudança na alimentação, dormir melhor e praticar caminhada”, relata.