Câncer. Uma palavra que desperta muitos sentimentos (ruins, provavelmente), sendo uma das doenças mais danosas à economia e ao bem estar humano do mundo. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), “Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos”. Suas causas são as mais diversas, incluindo cigarros, propensão genética, alguns tipos de vírus e contaminação por radiação, mas a doença inicia de forma semelhante: uma célula sofre uma mutação em seu DNA, permitindo que ela se replique indefinidamente, o corpo não detecta a célula mutante e ela começa a consumir os recursos do corpo em grandes quantidades, podendo, eventualmente, se espalhar (metástase).
Visite o INCA aqui
Leia a página do Ministério da Saúde sobre câncer
Além dos prejuízos emocionais à família da vítima, o câncer ceifa a vida de cerca de 225 mil mortes no Brasil a cada ano (BBC), com cerca de 87 mil desses óbitos sendo de cidadãos economicamente ativos, gerando um prejuízo anual à nossa economia de 15 bilhões de reais, ou cerca de 0,21% de toda a riqueza gerada, dinheiro que poderia ser aproveitado em outros setores precários da economia, se conseguíssemos reduzir a quantidade de afetados pela doença. O custo direto do câncer aos bolsos brasileiros ainda aumenta por termos uma alternativa ao tratamento particular: o SUS. Nossos gastos diretos e indiretos com o câncer nos mostram o quão grave é a situação da doença, que é uma das maiores causas de morte no país.
Reportagem da BBC sobre o custo do câncer
Mas a mesa começa a virar quando começamos a pensar em formas de reduzir esses números (tanto os óbitos quanto os gastos). Técnicas avançadas como a imunoterapia, que consiste em usar o próprio corpo para lutar contra o câncer, começam a brilhar, gerando um custo menor com resultados tão satisfatórios quanto. Os gastos com prevenção, como campanhas de vacinação contra o HPV e hepatite e outras formas de prevenção, e com a identificação precoce de tumores, costumam ser mais eficientes que o tratamento de um câncer plenamente desenvolvido. Por fim, temos os gastos com pesquisas, que ajudam a criar formas mais eficientes de prevenir, identificar e tratar cânceres e outras doenças.
Entenda melhor a imunoterapia aqui
Entenda como prevenir o câncer aqui
O câncer também tem seu lado “bom”. Células HeLa, que derivam das células cancerígenas do tumor que matou Henrietta Lacks (BBC), tornaram possível a vacina da poliomelite, os estudos do efeito da radiação no corpo humano e diversas outras pesquisas, livros de ficção fazem circular milhões de dólares com histórias dramáticas com personagens afetados com a doença, e pesquisas sobre telômeros começaram, literalmente, com o estudo de pequenas células tumorais.
Leia mais sobre a vida de Henrietta Lacks aqui
Por fim, apesar dos dados apresentados aqui, não podemos nos esquecer do fator humano, e do quão importante é o apoio ao afetado, tanto psicológico quanto financeiro. Segundo o INCA, o trabalhador cadastrado no FGTS que possuir neoplasia maligna (câncer) ou dependente que possua pode retirar seu FGTS, assim como o PIS e o PASEP. O tratamento psicológico também é importante para o adoecido, ajudando a superar os medos do paciente e tornando o tratamento mais tolerável.