A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “As implicações do humor exacerbado no Brasil“, apresentando proposta de intervenção. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO 1
Humor e liberdade de expressão: vale tudo?
05 Jan. 2017 | Fonte: Feed
“Humorismo não é apenas uma forma de fazer rir.”
Muitas vezes, o humor é construído a partir de uma visão crítica do mundo e do comportamento humano. Além de ser marcado pela descontração, o humor vale-se do exagero, do exagero da hipérbole óbvio e do absurdo para provocar o riso ou, ao menos, um sorriso. Cobranças, paródias e piadas não podem ser interpretadas de forma real ou autorizadas como verdades absolutas. Elas devem ter maior liberdade para que o indivíduo possa ter um espaço maior, até a espontaneidade e até mesmo, gozar de maior diversidade.
Mas o exercício concreto dessa liberdade não é ilimitado. Aquele que ofender terceiros e causar dano poderá responder penal e civilmente por abusos que vier a cometer. Além de pedir em juízo indenizações, o indivíduo que se sentir lesado também poderá pleitear direito de resposta ou uma retratação pública.
A liberdade de expressão é um princípio fundamental da democracia, mas precisa estar harmonizada com outros princípios da mesma grandeza. Não se pode limitar a forma de expressão evidente de liberdade de expressão e liberdade social de fazer humor, sob pena de se silenciar os discursos relevantes, como críticas e políticas, mas também é inadmissível se admitir a expressão de discursos que incentivam o ódio e a discriminação de minorias.
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TEXTO 2
12 Fev. 2022 | Fonte: G1
O comediante que faz piada com abuso sexual que sofreu na infância
Quando o comediante britânico Jonny Pelham disse ao seu analista que estava pensando em experimentar um material novo sobre como ele foi abusado sexualmente aos oito anos por um ex-amigo de seus pais, o profissional o desaconselhou.
“Por quê?”, perguntou Pelham, então com vinte e poucos anos. “Você acha que vai ser muito traumático, vai me atrapalhar?”
“Não”, veio a resposta. “Só não parece muito engraçado.”
Encarando isso como um desafio, o artista começou a se abrir para seu público (e seus pais) pela primeira vez sobre suas experiências traumáticas de infância, que ocorreram ao longo de um período de dois anos.
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E tudo bem fazer piadas sobre abuso?
Duncan Craig, fundador da Survivors Manchester, uma organização que apoia meninos e homens afetados por abuso sexual, enfatiza que “ninguém tem o direito de decidir como outra pessoa quebra seu silêncio” — seja “em uma sala de aconselhamento, em um tribunal, em uma galeria de arte através da expressão criativa, ou no palco como ator ou comediante”.
Ele acrescenta: “Como todos os outros sobreviventes, Jonny carregou o segredo com ele por anos, então como ele se livra desse fardo depende inteiramente dele”.
Mas Tania Woodgate, executiva-chefe da The Male Survivors Partnership, diz que, embora sua organização “reconheça que cada pessoa terá sua própria maneira individual de falar sobre sua experiência, e Jonny não é diferente”, ela não vê o lado engraçado da apresentação do humorista.
“Nós concordamos muito com o comentário de Jonny de que precisamos encontrar novas maneiras de falar sobre isso e que ser sério não deve ser o único caminho a seguir”, diz ela.
“No entanto, não estou convencida de que fazer piadas sobre abuso sexual infantil seja o caminho a seguir. Tendo trabalhado com vítimas de abuso por muitos anos, eu realmente tenho dificuldade para achar as piadas de Jonny divertidas.”
Isso tudo acontece em meio a um debate mais amplo sobre o que é aceitável no humor.
Recentemente, comediantes como Jimmy Carr e Dave Chappelle testaram controversamente os limites da comédia, em direções e circunstâncias muito diferentes de Pelham. Carr causou polêmica após fazer piadas sobre o Holocausto em um especial na Netflix e Chappelle foi acusado de transfobia após afirmar que “o gênero é um fato” e que pessoas LGBT são “sensíveis demais”, também em um programa do mesmo serviço de streaming.
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TEXTO 4
28 Mar. 2018 | Fonte: Jurídico Certo
Limites do humor: Piadas podem se tornar ofensivas e ilegais?
As redes sociais mostram claramente que, nos últimos anos, muitas piadas “se tornaram” ofensivas, algumas até mesmo ilegais.
As questões sobre o humor são levantadas, principalmente, quando os alvos das piadas são pessoas ou grupos, normalmente perseguidos ou humilhados e, nesse caso, o humor tende a entrar em conflito com o que chamam de politicamente correto, exigindo maior preocupação com expressões ofensivas, o que acaba por fazer com que seus autores possam se ver envolvidos com processos judiciais em razão de seus exageros.
Entende-se que é bastante difícil definir os limites de direitos em um país que se diz democrático. Será que há necessidade de adotar mecanismos para proteger os direitos e deveres? Ou será que proibir piadas ofensivas acaba se tornando um tipo de censura? Existe uma maneira de proteger possíveis ofendidos de piadas ofensivas? Temos uma forma de proteger, ao mesmo tempo, a liberdade de quem faz piadas e de quem é alvo delas?
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TEXTO 5
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