A estratégia do Reino Unido foi polêmica: decidiram enfrentar o Covid-19 em plena pandemia, deixando o vírus circular livremente para gerar imunidade de rebanho, ou imunidade de grupo . Mas o que é, exatamente, a imunidade de grupo, e em quê ela é importante?
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A imunidade de grupo é a imunidade gerada ao tornar uma parcela significante da população (rebanho) imune a uma determinada doença. Isso permite que indivíduos que estão muito velhos ou novos para combater a doença, assim como indivíduos que possuam fatores de risco, sejam afetados pelos danos da enfermidade.
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Em rebanhos de animais, atitudes parecidas são tomadas, vacinando os animais adultos e sadios para evitar a propagação de doenças entre animais idosos ou jovens demais. A atitude, embora simples, pode gerar uma grande economia ao não vacinar todos os indivíduos potencialmente sucetíveis, mas apenas os que mais circulam entre os indivíduos.
Um exemplo de imunidade de grupo em humanos é a gerada pela vacina da rubéola: como a rubéola é transmitida entre as crianças, se uma grande parte das crianças de um colégio estiver vacinada, as que não estiverem não poderão pegar dos colegas imunes. Algo semelhante temos ao vacinar médicos e enfermeiros contra a gripe no inverno, reduzindo a passagem de doenças dos agentes de saúde para seus pacientes. A ação de permitir que uma parcela significativa da população fique doente para proteger também não é inovadora, visto que, em tempos passados, familiares aproximavam crianças sadias de outras com catapora para gerar-lhe imunidade à enfermidade. A escala é o diferencial: ao invés de grupos pequenos, como uma família ou um pequeno povoado, um conjunto de quatro países.
Porém a política de enfrentamento aplicada de forma tão direta talvez não tenha sido a melhor opção, visto que decidiram voltar atrás em algumas decisões, e agir ativamente contra a enfermidade em alguns setores, assim como os demais países .
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