Proposta de redação Violência no Brasil – Enem e vestibulares 2020

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema A normatização da violência na sociedade brasileira do século XXI“, apresentando proposta de intervenção. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Texto 1

Como violência policial e racismo são normatizados pela produção audiovisual brasileira [ANÁLISE]

18 jun.2020 | Fonte: Rolling Stone

O adolescente João Pedro morreu há um mês, no dia 18 de maio de 2020. Vítima de uma ação das polícias civil e federal, o estudante negro foi baleado dentro de casa no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, Região Metropolitana do RJ. Parentes acharam o corpo 17 horas depois, no IML(Instituto Médico-Legal) de Tribobó.

O caso é apenas mais um que representa a violência policial e o racismo sistêmico no Brasil. Apesar de declarações relacionadas à morte do adolescente, as mobilizações nacionais se intensificaram com a morte de George Floyd, homem negro assassinado por policiais brancos nos Estados Unidos.

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Texto 2

Pesquisa mostra naturalização da violência entre crianças e adolescentes

26 set.2016 | Fonte: Agência do Brasil

Apesar de 85% das crianças e adolescentes relatarem conviver com brigas na escola e 63% sofrerem violência física em casa quando fazem algo errado, 68% dizem se sentir seguras como uma percepção geral. É o que revela a pesquisa O que dizem as crianças, divulgada hoje (26) pelas organizações Visão Mundial e Instituto Igarapé, em evento no Rio de Janeiro.

A pesquisa foi feita entre setembro de 2015 e março de 2016 e ouviu 1.404 crianças e adolescentes entre 8 e 17 anos que participam de projetos da Visão Mundial em 12 cidades: as capitais Fortaleza, Recife e Maceió, e as regiões periféricas de Manacapuru (AM); Governador Dix-sept Rosado e Mossoró (RN); Catolé do Rocha (PB); Canapi e Inhapi (AL); Itinga (MG); e Nova Iguaçu (RJ).

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Texto 3

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Texto 4

Coluna | ‘Política do cassetete’ não vai resolver violência no Brasil

20 Dez.2019 | Fonte: Época

A segurança do cidadão e a garantia de seus direitos fundamentais é o bem público por excelência – sendo, portanto, a função primordial do Estado. O triste episódio de Paraisópolis, em São Paulo, é um exemplo de uma grave falha na consecução desta função primordial. Ao contrário do que defendem seus proponentes, a aplicação simplista de uma “política do cassetete” como instrumento de segurança pública não ataca as causas estruturais da violência – e fragiliza os pilares de uma política de segurança eficiente e responsável.

Em contraposição à periferia, o cálculo de prudência do aparato policial é mensurado de forma diferente quando se trata de possíveis ações em bairros de classe média alta – porque seus líderes sabem que o grau de responsabilização contra medidas desproporcionais é maior nessas circunscrições. Tal contraste é real, infelizmente. É como se, nos bairros pobres, a polícia buscasse avocar para si prorrogativas não delegadas pela Lei – sem os necessários freios que evitam que cidadãos se tornem dano colateral. Num Brasil em todos os aspectos muito desigual, a proteção dos direitos fundamentais na interação com agentes do Estado também é desigualmente distribuída.

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