O incentivo ao esporte enquanto forma de inclusão social no Brasil do século XXI7
O Brasil é hoje mundialmente reconhecido pela qualidade de seu futebol, e, em ano que a copa de futebol feminino vem chamando a atenção, a inclusão passa a ser tema recorrente quando o assunto recai sobre os esportes. Porém, menos de 40% dos brasileiros dizem praticar atividades físicas. Para agravar a situação estamos entre os 10 países que mais sofrem com a obesidade infantil. Nesse sentido, o esporte é extremamente importante quando o assunto é aliar saúde e inclusão social.
História e influência do estado
A prática dos esportes foi sento trazida para o Brasil com mais intensidade durante o século XIX, por uma elite letrada que buscava diferenciação. Era uma forma de recreação. As práticas comuns na época incluíam o futebol, remo e o turfe – corridas de cavalo. Ao mesmo tempo, tais esportes sobressaíam em detrimento de outras atividades, como a capoeira. Nessa época o esporte era uma iniciativa autônoma e puramente social, sem influências do Estado. Porém, com o intuito de desestimular a capoeira – considerada uma prática ilegal –, o Estado passou a incentivar o futebol nas primeiras décadas do século XX. Poucos anos mais tarde o Estado incentivou o futebol novamente, a fim de sufocar mobilizações operárias. Ou seja, desde o seu início o esporte não foi incentivado como uma prática saudável, mas como uma alternativa de interesses governamentais.
Integração e saúde
De acordo com pesquisadores de Atlanta, atividades físicas podem ajudar no controle da depressão, recuperação da capacidade física e autonomia de pacientes com doenças crônicas que incluem diabetes, fibriomialgia e até câncer.
Os esportes ajudam ainda no desenvolvimento de capacidades motoras e cognitivas. Para alguém com deficiência física, por exemplo, esses estímulos, aliados à busca de autossuperação que o esporte prega, são muitas vezes fundamentais. Sem falar na promoção de atividades em grupo e outros benefícios.
A inclusão pode abranger ainda âmbitos muito maiores. Como em casos como o de 1971, auge da Guerra Fria, quando um time de mesa-tenistas foi o primeiro grupo de americanos a visitar a China após a transição para o comunismo.
Educação Física e geografia
Apesar de a ligação parecer improvável é muito interessante pensar de que forma a geografia pode influenciar a prática esportiva.
No artigo “A Geografia e os esportes: uma pequena agenda e amplos horizontes” o autor Gilmar M. de Jesus cita o fato de o ambiente ajudar a determinar o tipo da prática esportiva. Por outro lado, a prática de “esportes radicais” pode gerar impactos negativos no ambiente, uma vez que, ao serem muitas vezes praticados em locais incomuns, podem gerar aumento no fluxo de pessoas e consequente maior potencial de danos. Sendo assim, alguns geógrafos defendem que o esporte seja tratado como uma atividade econômica e, assim o sendo, seja oferecido nos locais adequados para tal.
Outros materiais
A prática de esporte no Brasil | Infográfico
Infográfico produzido pelo Ministério do Esporte a partir dos dados do IBGE de 2013. Apesar de os dados serem um pouco antigos há vários deles a serem analisados e, além disso, a fonte é bastante confiável.
Das Coreias à Guerra Fria, os casos em que o esporte ajudou a aliviar – ou acirrar – tensões geopolíticas
Artigo com diversos casos que ilustram momentos em que o esporte teve uma participação geopolítica muito considerável no mundo. Vale muito a pena a leitura.
Citações
Não é sobre como você começa, mas sobre como você termina.
Michael Phelps | Nadador norte-americano
Frase original: “It’s not how you start, but it’s how you finish.”, frase dita ao ganhar 4 medalhas de ouro em Roma, 2009.
Verificado através do site WikiQuote.