Inclusão digital: como assegurar o bom uso das tecnologias entre as diferentes faixas etárias do Brasil
A modernização é uma crescente em nossa sociedade. De acordo com alguns teóricos o mundo está em uma fase de transição e hoje vive o início da quarta revolução industrial, caracterizada pelo forte uso da robótica. Porém, nós brasileiros estamos preparados para essa revolução? Como assegurar que os jovens possuam crescimento e aprendizado utilizando o que há de bom nas tecnologias e, ao mesmo tempo, garantir que os mais velhos não sejam excluídos desta evolução?
Revoluções industriais
O mundo como conhecemos hoje é o resultado de vários processos de transformação. Com relação às tecnologias as mais relevantes e que maior impacto produziram em nossa sociedade foram dividas entre as 4 revoluções industriais.
1ª Revolução Industrial (1780, Inglaterra): um dos principais acontecimentos foi o surgimento da máquina a vapor e seu uso na indústria têxtil.
2ª Revolução Industrial (1870, Estados unidos): marcada pela utilização do aço, produção em massa, linhas de montagem e movida pelo petróleo e energia elétrica.
3ª Revolução Industrial (1960, Estados unidos): a produção passa a ser automatizada, utilizando computadores, eletrônicos e tecnologia da informação.
4ª Revolução Industrial (a partir de 2000): maior aplicação da robótica, sistemas cyber-físicos, internet das coisas, entre outros.
Censo Demográfico Brasileiro
O “Censo Demográfico” é um estudo bastante complexo, e com grande amostra populacional, realizado a cada 10 anos pelo IBGE. Sendo assim, o último censo a que temos acesso é o de 2010. De acordo com dados do censo 2010 podemos tirar algumas ideias acerca das reais condições da população brasileira.
Essa pesquisa aponta que, em 2010, haviam no Brasil cerca de 190 milhões de pessoas, dados ainda apontam que, entre essas, apenas pouco mais de 17 milhões possui em casa microcomputador com acesso à internet. Além disso, pesquisa de 2007 do IBGE apontou que 32,1 milhão de usuário tem acesso à internet, não necessariamente em casa, mas através de outros meios também, como trabalho e escola. Pesquisas mais recentes apontam que em 2016 já eram 116 milhões de pessoas conectadas à internet, 64,7% da população acima de 10 anos.
Controle de Dados
No momento em que vivemos é impossível falarmos de inclusão digital sem esbarrarmos na questão do controle de dados. Hoje temos a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), a qual todas as empresas deverão se adaptar até fevereiro de 2020.
Quando o assunto é dados uma analogia muito interessante pode ser utilizarmos o conceito de Jeremy Bentham,
do final do século XVIII: o panóptico. Ao estudar intensamente o sistema penitenciário o teórico expôs uma solução segundo a qual, em uma penitenciária em formato circular, apenas um vigia (que não poderia ser visto), em uma torre no centro poderia vigiar todos os presos, pois como eles não saberiam se estavam ou não sendo vigiados acabariam se comportando.
Com os nossos dados acontece algo similar: não sabemos quem controla nossos dados. O que está ou não sendo visto, e por esse motivo, nossas atitudes também são moldadas.
Outros materiais
Censo Demográfico
Neste site é possível explorar os resultados do Censo Demográfico brasileiro.
IBGE contou 32,1 milhões de usuários da internet no país
Pesquisa do IBGE que abrange vários dados sobre o uso de internet no país. Contém gráficos e informações bastante relevantes.
No que pensar antes de se divertir no Facebook
Artigo muito interessante que traça uma analogia entre teóricos e o uso de nossos dados.
Citações
Onde quer que haja mulheres e homens, há sempre o que fazer, há sempre o que ensinar, há sempre o que aprender.
Paulo Freire | Educador brasileiro
No livro “Pedagogia da Indignação”, verificado através do site O Pensador.
Seus usuários mais insatisfeitos são sua maior fonte de aprendizado.
Bill Gates | Fundador da Microsoft
Em “Business @ the Speed of Thought”, verificado através do site WikiQuote.
A morte é a maior invenção da vida. […] Através dela, o velho sempre dará lugar para o novo.
Steve Jobs | co-fundador da Apple
Frase original “Death is very likely the single best invention of Life. It is Life’s change agent. It clears out the old to make way for the new.”, em “Address at Stanford University (2005)”.
Verificado através do site WikiQuote.